Meu nome é Flávio, tenho 23 anos e faço parte um grupo de amigos da faculdade. Fazem parte desse grupo Bruna, Elizabeth, Marta e Augusto.
Eu tenho um crush muito grande na Elisabeth: uma moça simpática, sincera, independente, alto astral e muito sensual. Desde que nos conhecemos ela namora, mas isso nunca foi um problema já que nunca demonstrei o interesse sexual que tenho nela. Nos damos extremamente bem.
Recentemente ela terminou e, para que não ficasse completamente na fossa, tivemos a ideia de fazer uma viagem em grupo: acampar perto de uma cachoeira linda no interior do estado. Por sermos muito próximos, eu sabia o quanto ela havia investido na relação e o quanto amava o ex namorado, então, essa viagem com certeza era uma excelente ideia.
Chegamos em uma sexta-feira, no fim da tarde, no camping. Montamos nossas barracas e sentamos em volta de uma fogueira para beber, conversar e dar risadas com as histórias bobas do passado.
Ela estava linda como sempre: bem vestida, sempre vaidosa e com um olhar alegre, provavelmente que fazia tempo que não ria tanto. Bruna, Marta e Augusto estavam organizando suas coisas enquanto eu conversava com Elisabeth. Falamos sobre a vida, futuro, sonhos e medos, sem falar diretamente sobre o término. Dava pra ver que ela precisava só esquecer um pouco desse drama todo.
Ficamos tão entretidos na conversa que não percebemos que os outros tinham ido dormir.
“Estou feliz de estar aqui com vocês” – ela disse olhando para a fogueira.
“Eu também estou, nem consigo lembrar a última vez que conversamos tanto assim” – Eu disse com um sorriso bobo no rosto.
Ela se deitou no meu ombro e continuou olhando pra fogueira. Parecia que o tempo tinha parado e foi quando tudo o que eu sentia sobre ela veio à tona. Não falei nada, fiquei ali, com os braços em volta dos seu ombro ouvindo os sons da natureza e bebendo cerveja. A noite era perfeita: lua cheia, temperatura agradável e longe da loucura da cidade.
– Você sabe que eu gosto muito de você né? – Falei, com a coragem que a cerveja me dava.
– Obrigada… É bom sentir um pouco de carinho depois de sofrer tanto por duas semanas… Me sinto um fracasso sabe? Ser trocada é pior do que eu imaginava… Achei que era madura o suficiente pra lidar melhor com isso, mas tem sido bem difícil…
Eu não estava olhando pra ela, não queria que ela se sentisse intimidada ou constrangida, mas tenho certeza que escorriam lágrimas enquanto falava. Quando ela terminou de falar, eu disse:
– Não existe uma maneira fácil de você passar por isso, mas eu só quero que você não deixe de ser você mesma: doce, com esse sorriso contagiante, atenciosa, inteligente, que sabe o que quer e vai atrás sem medo. A verdade é que eu sempre te achei incrível!
Nunca me abri sobre meus sentimentos com ninguém, mas não teria uma oportunidade melhor pra falar sobre isso.
– Isso foi muito profundo… Você é muito gentil Flávio! Sei que não é justo ficar te amolando com meu drama, mas eu confesso que é muito bom saber que sou querida por você. Também te adoro e sempre nos demos tão bem! Nunca te falei, mas meu ex morria de ciúmes da nossa amizade, então, acabei me afastando um pouco…
– Se eu fosse seu namorado, também teria medo de te perder, então entendo o ciúmes e entendo você ter se afastado. Eu sentia muito falta da nossa proximidade, mas sempre respeitei seu relacionamento.
– É muito bom saber disso! Mesmo sabendo que você entende, ainda me sinto culpada por ter me afastado de você, ainda bem que continua aqui por mim! – Ela olhou pra mim, sorriu e me deu o abraço mais gostoso que recebi na vida: apertado, longo e sincero.
Me beijou no rosto, se despediu e foi embora em direção sua barraca. Fiquei ali, parado, pensando no o que aconteceu e olhando pra ela enquanto sumia em direção sua barraca.
Seu cheiro, sua voz, seu abraço… Tudo isso mexia demais comigo. Eu estava ansioso pela viagem, com medo de não conseguir falar o que sentia, mas agora não estava mais. Estava feliz e pensando nas possibilidades do dia seguinte…
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